O ser humano, por natureza, sempre viveu em comunidades, compartilhando recursos, espaços e experiências. Apesar da crescente individualização na sociedade moderna, com pessoas investindo em imóveis isolados, observa-se um movimento de retorno à vida comunitária, especialmente nas cidades grandes. Esse retorno busca responder às necessidades de colaboração, respeito mútuo e harmonia social, facilitando a rotina acelerada de compromissos. Nesse contexto, surgem o coliving e o cohousing como modelos de moradia que promovem a colaboração comunitária, cada um com suas particularidades. O coliving, influenciado por movimentos nos EUA, Canadá e Europa, e já presente em grandes cidades brasileiras, oferece uma forma de moradia urbana compartilhada que respeita a individualidade, promovendo a economia colaborativa e sustentável. Por outro lado, o cohousing, difundido desde 1972 na Dinamarca, propõe uma convivência em pequenas vilas ou áreas onde os moradores têm suas casas, mas compartilham espaços comuns como jardins e cozinhas comunitárias. Ambos os conceitos visam a aproximação das pessoas, a troca de experiências e a redução do impacto ambiental, refletindo uma tendência global de repensar o modo de viver em comunidade.