O homem é um sujeito coletivo, sabe-se que sempre vivemos em comunidade desde muito antes da civilização ser da maneira que conhecemos hoje. A humanidade viveu em sociedade desde que se formou, as antigas tribos se uniam para caçar, se alimentar e se relacionar.
Com o avanço da sociedade essa característica tem dado espaço para a individualidade. É possível ver pessoas investindo um valor alto para a compra de um imóvel em que viverá basicamente sozinho, cercado de muros e tendo que realizar as suas atividades rotineiras de maneira isolada.
Com esses avanços estamos evoluindo diariamente em diversos aspectos, mas já é possível observar a volta dessa tendência de viver em comunidade e com colaboração entre os indivíduos que a compõem,
O convívio em comunidade volta a ser uma realidade. Com o passar dos dias, as pessoas estão se relacionando mais, se respeitando e colaborando de maneira ativa para que o ambiente social se torne um lugar mais harmônico para viver.
Esses avanços são importantes porque temos uma rotina frenética de compromissos, sejam as viagens a negócios, dedicar tempo para os estudos e trabalho e nós não conseguimos fazer tudo isso 100% sozinhos.
Nós precisamos de uma rede de pessoas que irão colaborar de maneira efetiva, deixando essa rotina mais fácil de ser encarada e essa é uma realidade que precisamos encarar e, principalmente, considerar.
O coliving e o cohousing são locais de moradia em que essa colaboração comunitária é levada a sério e embora os seus conceitos sejam parecidos, elas possuem diferenças e nós vamos esclarecê-las para você.
Coliving, um novo conceito de moradia
O coliving é uma tendência de moradia urbana que pretende mudar a maneira que conhecemos esse conceito e que cada vez mais está se tornando comum em grandes centros urbanos do Brasil.
Esse movimento começou nos Estados Unidos, Canadá e Europa e aqui no Brasil é possível encontrá-lo em Florianópolis, Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Fortaleza. A tendência é que o coliving se espalhe por todo o país.
Sua premissa está no compartilhamento de moradias, mas sempre garantindo que a individualidade e intimidade de cada um dos seus moradores seja respeitada. É como viver em uma tribo ou clã, só que, logicamente, essa versão foi atualizada para a sociedade que vivemos hoje, dentro do contexto de vida urbana.
Alguns dos seus objetivos são:
- Ajudar os indivíduos a viverem de forma colaborativa;
- Diminuir os desperdícios, com os princípios da economia colaborativa e da sustentabilidade;
- Reverter o quadro de superlotação dos centros urbanos.
Até certo ponto há uma semelhança com as antigas repúblicas estudantis, mas o movimento coliving criou alguns fundamentos que resumem bem os objetivos de um coliving:
- Comunidade em harmonia com a individualidade;
- Aproximação de pessoas e troca de experiências;
- Consumo pensado na colaboração;
- Projeção compartilhada de residências;
- Economia de recursos naturais;
- Divisão de decisões e tarefas.
O homem vivenciou momentos importantes para que tenhamos o modelo social que habitamos hoje. Primeiro de tudo ele deixou de ser nômade e investiu em moradias fixas e no cultivo de alimentos, a agricultura, e criação de pequenos animais. Algum tempo depois houve a revolução industrial e aqui já estávamos mais próximos da sociedade que conhecemos hoje.
Podemos dizer que o terceiro grande momento da humanidade está nas noções de compartilhamento, principalmente de imóveis, já que alguns aspectos da construção civil já não são viáveis atualmente.
Os colivings possuem iniciativas que chamam a atenção do público mais jovem, comumente eles estão dispostos a assumir novos modelos de vida. Os colivings são construídos levando em consideração os impactos ambientais, projetados para jovens e autônomos.
Esses espaços buscam promover a troca de experiências, aprimoramento de habilidades e oportunidades profissionais, inclusive, os colivings investem em coworkings, ambientes de trabalho compartilhados.
Cohousing, a tendência a sustentabilidade e compartilhamento
Diferente do coliving, um local onde as pessoas dividem o mesmo apartamento e ou prédio, compartilhando os demais locais como cozinha, lavanderia, sala de trabalho, áreas de lazer e outros, o cohousing é uma área ou pequena vila onde as pessoas possuem seu próprio imóvel completo, mas divide jardins, cozinha comunitária e bibliotecas.
Cada uma das comunidades de cohousing estabelece princípios, compartilham meios de transporte, como carros e bicicletas, sempre com o objetivo de economizar recursos naturais e aproximar as pessoas.
Esse conceito é difundido desde 1972 quando o primeiro cohousing surgiu na Dinamarca, valorizando a convivência com os vizinhos e a política do compartilhamento. O lema da comunidade sempre será o convívio harmônico, a solidariedade e uma vida mais simples.
Deu para entender as diferenças? Aqui em Florianópolis o Parkside é um coliving que tem como objetivo simplificar a vida dos seus moradores, com conforto, simplicidade e vivência em comunidade, saiba mais clicando aqui.